quarta-feira, 21 de março de 2012

Anemia + Virose

Passei mal de novo..
Vômitos, diarréia, desmaio no hospital.. ai gente, que coisa horrível. Quando finalmente me acudiram, tiraram meu sangue e a anemia continua lá. Mesmo depois de pelo menos 3 meses tomando Noripurum todo santo dia. E aí não teve jeito, a imunidade baixa, veio a tal virose e me derrubou. Fui de 0 a 10 em pouquíssimo tempo e desmontei de verdade. E hoje, claro, a herpes já apareceu na minha boca.
Fiquei preocupada, sabe... senti uma pessoa de saúde frágil  (mesmo do alto dos meus 130 e poucos quilos) e eu nunca senti isso antes. Fiquei pensando em que condições eu conseguiria ser uma gastroplatizada.. Só sei que assim as coisas continuam não caminhando e sem uma direção.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Fracassos - Semana do Aniversário 28 anos

Essa semana tive vontade de escrever três vezes no blog que está tão abandonado quanto meus sonhos..
 
 
Segunda 13/02/12
Semana passada retornei a tal médica ortomolecular que minha mãe tanto insistiu. Passou alguns remédios (acelerar metabolismo, aumentar serotonina, bupropriona), a idéia era eu me sentir melhor (acho que menos depressiva), conseguir ficar sem bebida alcoolica e fazer a dieta. Ela sacou da gaveta duas folhas com a famigerada Dieta dos Carboidratos. Disse que escolheu essa devido minha compulsão e mandou eu voltar em 15 dias para ela começar modificá-la. Fiquei tão surpresa que não tive muita reação. Saí do consultório, vi minha mãe e meu marido me esperando (ah... a expectativa dos outros!) e minha cabeça ainda estava aérea.
Passei a noite conversando com minha mãe se eu ia ou não numa médica da equipe do Dr Salem. Enfim, não fui. Vamos tentar a dieta bem direitinho. Meu pai mandou fazer o remédio R$130.
Vários apelos para que eu me dedicasse ao máximo e levasse essa dieta a sério que todos estariam comigo me apoiando. No domingo fomos os três (eu+marido+mãe)ao mercado e gastei R$252 com 'coisas' sem carboidratos que eu podia comer a vontade. Que mal humor. Fiquei o domingo lá com minha mãe preparando as coisas para mim. Fui dormir com um enjoo enorme, a carne do almoço ainda parecia na garganta.
Na segunda levei para o trabalho vários potinhos com coisinhas q eu podia comer e.... antes do almoço eu sabia que aquela alucinação de eu conseguir seguir essa dieta doida dos carboidratos estava chegando ao fim. E não resisti a um almoço com arroz.
Quando cheguei em casa e contei que já tinha comido arroz, meu marido ficou bravo comigo como eu nunca tinha visto por esse motivo. Minha mãe ao tel, enfim... Eu tb fiquei brava dizendo que essa era apenas uma dieta idiota, eu comeria menos com o medicamento e isso que importava. Eu chorei a noite inteira. Meu marido depois foi lá comigo, mas no meu íntimo eu pensava em morrer. Fracasso, fracasso, fracasso.
No outro dia, fiquei menstruada e levemente aliviada por pensar que a TPM pode ter (não tudo, mas) potencializado o desespero e tristeza infinita do dia anterior.
 
Quarta 15/02/12
Meu aniversário. Eu odeio fazer aniversário. Nunca gostei, mas atualmente eu odeio. Especialmente pelas convenções sociais, e também de eu estar ficando mais velha com a mesma vida que eu não quero pra mim.
Como esperado, meu dia foi chato. Tenho uma amiga de infância que eu gosto muito, mas não vejo ha anos pois não tenho coragem de encontrá-la no meu estado. Ela está curtindo a vida dela ao máximo numa felicidade que não caberia no meu atual estado. Apesar de gostar dela, nunca atendo suas ligações pela certeza de que ela vai querer me ver e isso vai me fazer mal e eu ficarei pior (sem julgamentos, please!). Ela estranhamente parece não desistir de mim e insiste em ligar de tempos em tempos, mesmo eu não atendendo nunca. No meu aniversário ela me ligou de um número 00000000000 e eu acabei atendendo..Ela começou a falar e eu a chorar, automaticamente. Sem dúvida, ela ficou um pouco assustada e a ligação não durou muito. Depois mandou msg dizendo das saudades e que me amava. Fracasso
Meu pai me deu aos parabéns ao telefone e começou com uns papos dele de eu ter que fazer as coisas (regime) direitinho e esquecer o resto, etc, etc... Desliguei. Choro, choro, choro.. não falo muito diretamente com meu pai sobre o fato de eu pesar horrores, tenho algumas mágoas nesse tópico.
Nesse dia esqueci de tomar os remédios. Freud explica. Obviamente, não quis ver ninguém e muito menos comemorar. Fui assistir ao futebol num bar e bebi.
 
Sexta 17/02/12
Meu marido mandou msg lembrando do remédio (q esqueci qua e quinta). Tomei. À noite estava enjoada, mas com fome (?) pois só tinha almoçado. Deitei na cama e fiquei tendo aquelas repuxadas na perna de ansiedade louca. Só pensava que na sexta de carnaval todos viajam e eu estava em casa. Não gosto de carnaval, mas gosto de feriado. Não gosto muvuca e calor, mas gosto de poder fazer coisas legais. E a única coisa legal que eu conseguia pensar é em comida. Pensava em tudo, mas o que eu queria mesmo é comida japonesa beeem gostosa com cerveja. Ele estava com dor de cabeça. Eu, ansiosa. Breve discussão e fomos ao elevador. Ele disse: "vc não vai beber, né?". Meu sangue ferveu. Ele nunca ficou se metendo 'na minha vida' assim, mas graças a essa maldita dieta e essa semana que eu os envolvi na minha tentativa de dieta, ele está se sentindo a vontade pra pegar mais no meu pé. E um viciado, qdo alguém começa a se meter entre ele e a droga, provoca grandes estragos _a qualquer um.
Ele disse que se fosse pra eu beber, preferia que fossemos ao aniversário da vocalista da banda dele. Tendo em vista que a gente nunca aceita os convites deles, ele achava q precisariamos fazer um social (eu nunca quero, claro). Vcs imaginam minha raiva? Não estou falando que eu estava certa, eu estou falando da minha situação. Sou uma obesa de, agora 135kg que tem uma única calça e que é social e não tem nenhuma roupa para ir para balada, não tem mais calcanhar que aguenta balada, cansaço crônico, tem um maldito mal humor que pqp... Eu disse: se vc quiser muito ir, nós vamos. Eu falo mil vezes para ele ir sozinho, mas não adianta. Pra ele, ou vamos juntos, ou não vamos. E minha culpa só aumenta pelas tantas vezes que deixamos de fazer as coisas por minha causa. No final das contas ele mesmo acabou desistindo e fomos ao japones. O rodízio não estava bom, mas não perdi a oportunidade de comer e beber. Chegamos, dormimos.
 
Resultado da semana (domingo a sexta - 6 dias):
1 dia de dieta (igual a zero pois comi um monte de coisas que só podiam se eu não comesse carbs, eu comi. Então só foram muitas calorias pra dentro.)
6 dias de choro
3 dias com bebida alcoolica
No trabalho, insegurança, falta de memória e concentração como nunca tive
(Re) Confirmado: quando sinto enjoo, só penso em comer. Quando eu como (bastante), passa. É assim que sempre curei enjoo.
Uns 5 dias com pequenas ou médias brigas e discussões que na minha cabeça só aconteceram graças a essa MALDITA (10x) dieta... e agora fica essa coisa de eu estar fazendo cois errada, bebendo, querendo desistir... To com medo de isso gerar uma crise.
6 dias se sentindo um lixo ambulante
Não quero ver meus pais tão cedo (o q vai ser dificil de ter desculpas devido o feriado).É uma mistura de: vergonha e não querer me expor a julgamentos (mesmo que mentalmente)
Com tamanha angustia durante a tentativa de dieta, começo a me questionar se eu aguentaria o pós gastroplastia. Vejo-me sem saída, fraca e sem esperança. Desistindo.
 
* desculpem pelos tópicos nada populares, mas esse é meu blog, da minha vida real.
 
 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Desistindo - Quero ajuda!

Gente, desculpem minha ausência, mas vocês vão entender. Preciso que me ajudem.
Estou desanimada e com medo de desistir.
Fiz os exames em novembro. Deu anemia, tenho tomado o Noripurum. Acho que a maldita endoscopia deu alguma coisa mas até agora não mostrei para nenhum gastro.
Não sei se faço com o Dr Marcelo Salem ou no Instituto Garrido. Não sei se faço bypass ou sleeve (ou se posso escolher tendo que emagrecer tanto).
Penso nisso todos os dias mas não faço nada.
Não fui a mais nenhuma consulta e quero ajuda pois não sei/não consigo das o próximo passo.
É sabotagem, dúvida, despero? Socorroooooooooooo!!!
Só sei que desde novembro estou com quase 10kg a mais.
Antes eu tinha dúvidas, mas eu estava aqui. Agora estou distante. Estou com muito medo de desistir. Não é porque não preciso ou não quero... eu simplesmente não consigo me mover adiante. I'm stuck!
 
O que eu faço?
 
Preciso de uma mão amiga que me entenda e me ajude.
 
 
 

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Feliz 2012 e o Ritual das roupas que não cabem mais

Oi meninas! Parece que faz séculos que não venho aqui e não visito os blogs de vocês. Talvez tenha um pouco menos tempo que isso. É que nessa época de festas, o trânsito está melhor e tenho buscado meu queridão no trabalho. Assim acabamos fazendo outras coisas e fico menos tempo a sós com vocês, rs.

Feliz 2012 pra gente! No final de 2011 conheci O Fantástico Mundo de Blog e descobri que é ter uma companhia muito importante. Lembro de vocês em situações diversas, fico preocupada e tenho vontade de compartilhar o que acontece comigo. Espero que nesse ano possamos juntas alcançar nossos sonhos.

Nem foi uma faxina de Ano Novo, mas ontem me dei conta que tinha muita roupa nos cabides do guarda roupa. Decidi tentar esvaziá-lo um pouco para que as roupas não amassassem por conta do aperto. A tarefa que eu achei que seria difícil, foi fácil demais, infelizmente. Era fácil descartar cabide por cabide com o critério de roupas que já não me cabem mais. Mesmo roupas já (bem) especiais e novinhas. Fiz essa limpeza quando mudei para esse apto há um ano e meio atrás. Tentei fazer tudo o mais rápido possível e em estado de letargia para que eu não sentisse. Fui colocando tudo dentro de 2 grandes sacos plásticos. Queria levar para o porta malas na mesma hora. Ele não quis, achou que seria melhor levarmos juntos no outro dia. Aquele negócio ali na minha vista me incomodou demais. Logo saí e fui fazer outra coisa para me distrair. Essas (e tantas, e tantas) outras roupas que não me servem mais eu junto tudo no saco e deixo em um grande salão de tralhas na casa da minha mãe. É um ritual de um luto que eu resisto em não fazer. Tento ajudar os outros no que posso, mas essas roupas, não consigo doar. Existe um fio de esperança (ou fantasia) em mim que me alimenta: a expectativa de um dia poder reabrir esses sacos pouco a pouco e de novo vestir essas roupas perdidas. E depois de vesti-las uma vez, aí posso doar. É um desejo muito forte em mim. Mas infelizmente, até hoje nunca mais as vi.
Depois de uma hora, achei que estava mais forte e mandei um torpedo para minha mãe avisando que teria mais roupas para levar lá e, mais uma vez, como em anos: pedi que ela não jogasse fora. Nunca fui checar se ela não joga mesmo. Deve ser muita coisa, depois de tantos anos perdendo roupas continuamente. Quando escrevi isso a ela, não aguentei mais me despistar e cai em um choro profundamente triste e dolorido.

Não podia deixar de registrar isso aqui. Espero um dia ter outra versão dessa história e ter vocês aqui para compartilhá-la.

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